Author/Uploaded by Colleen Hoover
Índice Tudo me lembra de ti Créditos Dedicatória Capítulo 1 – Kenna Capítulo 2 – Ledger Capítulo 3 – Kenna Capítulo 4 – Ledger Capítulo 5 – Kenna Capítulo 6 – Ledger Capítulo 7 – Kenna Capítulo 8...
Índice Tudo me lembra de ti Créditos Dedicatória Capítulo 1 – Kenna Capítulo 2 – Ledger Capítulo 3 – Kenna Capítulo 4 – Ledger Capítulo 5 – Kenna Capítulo 6 – Ledger Capítulo 7 – Kenna Capítulo 8 – Ledger Capítulo 9 – Kenna Capítulo 10 – Ledger Capítulo 11 – Kenna Capítulo 12 – Ledger Capítulo 13 – Kenna Capítulo 14 – Ledger Capítulo 15 – Kenna Capítulo 16 – Ledger Capítulo 17 – Kenna Capítulo 18 – Ledger Capítulo 19 – Kenna Capítulo 20 – Ledger Capítulo 21 – Kenna Capítulo 22 – Ledger Capítulo 23 – Kenna Capítulo 24 – Ledger Capítulo 25 – Kenna Capítulo 26 – Ledger Capítulo 27 – Kenna Capítulo 28 – Ledger Capítulo 29 – Kenna Capítulo 30 – Ledger Capítulo 31 – Kenna Capítulo 32 – Ledger Capítulo 33 – Kenna Capítulo 34 – Kenna Capítulo 35 – Ledger Capítulo 36 – Kenna Capítulo 37 – Ledger Capítulo 38 – Kenna Capítulo 39 – Ledger Capítulo 40 – Kenna Capítulo 41 – Ledger Capítulo 42 – Kenna Epílogo Playlist de Kenna Rowan Agradecimentos Sobre este livro Sobre Colleen Hoover Este livro é dedicado a Tasara. Capítulo 1 Kenna Há uma pequena cruz de madeira espetada na berma da estrada com a data da morte dele inscrita. O Scotty ia detestar isto. Aposto que foi a mãe dele quem a pôs ali. — Não se importa de encostar? O motorista abranda até parar o táxi. Saio e encaminho-me para a cruz. Abano-a para um lado e para o outro até a terra se soltar, e a seguir arranco-a do chão. Ele morreu neste preciso local? Ou algures nesta estrada? Durante a fase preliminar do julgamento, não prestei grande atenção aos detalhes. Quando ouvi dizer que ele se afastou vários metros do carro, a rastejar, comecei a murmurar para não conseguir ouvir mais nada do que a acusação dissesse. Depois, para evitar ser obrigada a estar ali sentada enquanto se debatiam os pormenores, declarei-me culpada e pronto. Porque, tecnicamente, era culpada. Posso não o ter matado com as minhas ações, mas a minha inação decididamente matou-o. Pensei que estavas morto, Scotty. Mas os mortos não rastejam. Regresso ao táxi com a cruz na mão. Pouso-a no banco de trás ao meu lado e espero que o motorista retome a marcha, mas ele não o faz. Olho para ele pelo espelho retrovisor e vejo que me fita com uma sobrancelha arqueada. — Roubar memoriais de beira de estrada não deve atrair muito bom karma. Tem a certeza de que quer mesmo levar isso? Desvio os olhos e minto-lhe. — Tenho. Fui eu quem o pôs ali. — Quando o taxista regressa à estrada, continuo a sentir o seu olhar fixo em mim. O meu novo apartamento fica a cerca de três quilómetros daqui, mas para o lado oposto de onde eu vivia. Não tenho carro, por isso, desta vez decidi procurar uma casa mais perto do centro para poder ir a pé para o trabalho. Se conseguir arranjar trabalho. Com o meu historial e falta de experiência não vai ser fácil. E, a acreditar no motorista do táxi, com o mau karma que provavelmente agora transporto comigo. Roubar o memorial do Scotty pode não trazer bom karma, mas posso sempre argumentar que fazer uma coisa destas em honra de alguém que exprimiu verbalmente o quanto detestava memórias de beira de estrada também não há de ser muito bom. Foi por isso que pedi ao motorista para fazer o desvio e passar nesta estrada secundária. Sabia que era provável que a Grace tivesse deixado qualquer coisa no local do acidente e senti que devia ao Scotty ir lá tirá-la. — Dinheiro ou cartão? — pergunta o motorista. Olho para o taxímetro e tiro o valor e a gorjeta da minha carteira; entrego-lho depois de ele parar. A seguir pego na mala de viagem e na cruz que acabei de roubar e saio do táxi a caminho do edifício. O meu novo apartamento não fica num empreendimento enorme. Pelo contrário, é apenas um edifício isolado com um parque de estacionamento abandonado de um lado e uma loja de conveniência do outro. A janela de baixo está tapada com contraplacado. O sítio está cheio de latas em vários estados de decomposição. Dou um pontapé numa para não lhe passar por cima com as rodas da minha mala. O prédio tem ainda pior aspeto do que no anúncio online, mas também não esperava outra coisa. A senhoria nem me perguntou o nome quando liguei para saber se havia algum apartamento vago. Disse: — Há sempre vagas. Traga dinheiro, vivo no apartamento 1. — E a seguir desligou. Bato à porta do apartamento 1. Na janela há um gato a olhar fixamente para mim. Está tão parado que começo a questionar-me se é uma estátua, mas depois ele pestaneja e desaparece. A porta abre-se e uma mulher muito pequena, de alguma idade, fita-me com um ar descontente. Tem rolos no cabelo e batom esborratado que lhe chega ao nariz. — Não preciso de nada do que tenha para vender. Olho atentamente para o batom, reparo como se espalha pelas rugas que lhe contornam